Com a proposta de reacender os estudos em torno da questão negra em Alagoas, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em parceria com o Sebrae, lançou na noite desta terça-feira (23) a primeira edição do livro “A Presença Negra em Alagoas”, no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no bairro Jaraguá, em Maceió. A obra, organizada pelo reitor da Uneal, professor Jairo José Campos da Costa e pelo professor do Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac), Douglas Apratto, reúne artigos que destacam a influência da cultura afrodescendente no Estado.
O vice-reitor da Uneal, professor Clébio Correia de Araújo, representou o reitor Jairo Campos na solenidade, uma vez que este não pôde comparecer em virtude de compromissos do Conselho Estadual de Educação de Alagoas. Clébio Correia, que também tem um artigo publicado na obra, frisou que o livro é um marco para as pesquisas na área. “Esta obra tem um valor histórico porque quebra o silêncio da intelectualidade em torno da identidade alagoana”, explicou.O superintendente do Sebrae/Alagoas, Marcos Vieira, frisou também a importância do livro para o Estado. “Não investimos apenas em negócios, mas também em cultura”, disse.
A participação de diversas instituições de ensino superior na construção do livro foi apontada pelo professor Douglas Apratto como uma das mais importantes características da obra, que conta ainda com artigos da professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Clara Suassuna, dos professores do Cesmac, Zezito Araújo, e da Uneal, professor Edson Bezerra.
O babalorixá Alex Gomes fez uma fala emocionada ao falar do orgulho de estar em uma solenidade que homenageia a cultura afrodescente, no mesmo lugar onde ocorreu um dos mais tristes episódios contra os negros, em o Quebra de 1912 que destruiu diversos terreiros em Maceió. “Nós do axé somos seres humanos”, pontuou.
O livro A Presença Negra em Alagoas foi editado pela Editora Viva e está sendo vendido no valor de R$ 50.
Via Tribuna do Agreste