A campanha construída ao longo dos 4 anos da gestão do SINPRO, tem o intuito de denunciar no Ministério Público as escolas privadas que não pagam os devidos salários aos professores, não assinam suas carteiras profissionais ou não prezam pela saúde do professor e? várias instituições já foram denunciadas.
Segundo o levantamento feito pelo sindicato, muitos professores da rede privada estão abandonando a profissão devido ? informalização profissional e ? falta de condições mínimas de trabalho.
“Muitas vezes o professor dá aula para mais de 50 alunos no local e sem qualquer ajuda de áudio. Onde fica a saúde do professor?”, se indigna Eduardo Vasconcelos, vice-presidente do SINPRO.
“Temos que resgatar o valor do profissional que forma médicos, advogados, engenheiros”, disse Vasconcelos lembrando que “antigamente o professor era uma figura respeitada”.
Depois das grandes escolas, o trabalho agora se concentrará nas escolas da periferia, disse Vasconcelos, onde se concentra o maior número de irregularidades.
A regulamentação do ensino privado no país é uma luta tanto do Movimento Estudantil como dos Sindicatos da categoria. “A rede privada de ensino em Alagoas está sucateada, assim como a pública. O modelo de gestão e valorização deve ser revisto o quanto antes”, disse Vasconcelos. E alerta: “estamos entrando numa crise sem precedentes”.
De acordo com o vice-presidente do Sinpro, as instituições notificadas já assinaram o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se responsabilizando em regularizar a situação e a tender aos professores.
“É importante que os professores denunciem ao Sindicato. Os educadores não devem ter medo e a sociedade precisa de uma resposta. Enquanto as coisas estiverem erradas, iremos denunciar, só assim vamos moralizar a educação nesse país”, conclui Eduardo Vasconcelos.
Por Mariana Moura