Na última terça-feira (06/05) a Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL viveu um importante momento de consolidação da sua democracia interna, não apenas pelo resultado obtido nas urnas, mas também por ser a segunda eleição em mais de 40 anos de existência da Universidade – que hoje sofre com as tentativas de desmonte da educação pública realizadas pelo Governo de Alagoas, que, por exemplo, não chega a repassar 30% da dotação orçamentária definida para a Instituição.
A campanha foi marcada por denúncias dos posicionamentos de caráter fascista, de intolerância religiosa e puro racismo oriundos da chapa de oposição, estreitamente ligada a setores do Governo do Estado, e a ofensiva empreendida em defesa de uma universidade engajada, ciente de seu papel na transformação da sociedade foi sem dúvidas uma marca desse embate. Ainda assim, o dia da eleição foi tranquilo e o processo eleitoral muito bem organizado.
A reeleição dos professores Jairo Campos para reitor e Clébio Araújo para vice representa uma demarcação de consciência muito clara da maioria da comunidade acadêmica da UNEAL. Estavam em disputa dois projetos distintos de universidade, o debate em torno das duas chapas não se deu apenas sobre a capacidade dos candidatos, mas sobre duas formas de enxergar o mundo e o papel que uma IES com as características que a UNEAL possui deve cumprir. A experiência bem sucedida dessa gestão deve ser aprofundada, o resultado político do processo eleitoral demonstra que há uma necessidade de mais avanços.
Nesse sentido, a vitória não foi apenas de forma numérica, de maioria de votos simplesmente, expressa em 65,08% dos votos dos seis campi contra 34,92%, os reeleitos imprimem a consolidação da democracia na Instituição. Essa vitória tem reflexo na conquista de consciências também, da possibilidade de se avançar na construção de uma universidade popular, ligada aos interesses da imensa maioria do povo.
De Maceió, Mariana Moura.
