Torna-se cada vez mais evidente a crescente perda da soberania nacional frente ao interesses do capital financeiro especulativo e organismos internacionais a ele subordinados.
O conceito da inserção do Brasil na economia globalizada exige, ao contrário do discurso liberal, ou o neoliberal dos tempos atuais, a soberania efetiva do País em todos os níveis.
Para tanto, é fundamental um projeto estratégico de nação que oriente e aponte rumos ao desenvolvimento econômico, investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, educação fundamental e superior etc.
Que indique rumos na política exterior conforme os interesses nacionais, na defesa de uma ordem mundial mais solidária, compartilhando junto aos BRICS e demais Países do planeta, uma nova etapa da humanidade mais justa, menos desequilibrada e agressiva, violenta mesmo.
Mas para isso o Brasil precisa superar o atual estágio de déficit geral em sua soberania que tem sido crescente e pautado através da grande mídia hegemônica associada ao capital rentista, além de um discurso acadêmico que promove a capitulação do sentimento de identidade nacional em vários aspectos da vida social.
A subordinação, dependência aberta aos jogos das finanças internacionais espalha-se através de uma visão ideológica, faz-se presente na vida diária como uma espécie de negação das nossas permanências e necessidades de renovações, fragmentação do espírito de pertencimento a um povo inventivo, de singular tradição cultural, que habita um território continental, o quinto maior do planeta, uma população de mais de 200 milhões de habitantes em uma economia que é a sétima do mundo.
O governo Michel Temer, rejeitado por mais de 95% dos brasileiros, é parte desse processo de desconstrução da herança e das bases reais das nossas conquistas Históricas.
Mas que vem já de algum tempo, possui múltiplos aspectos, variadas versões em matizes ideológicos, aparentemente distintos.
Assim é que surge em seminário, realizado em Minas Gerais, a ideia de mudar as cores e dizeres da bandeira brasileira por figuras da grande mídia, como se nossas referências simbólicas pudessem ser modificadas ao sabor dos modismos de ocasião.
Torna-se incontornável um projeto estratégico de desenvolvimento, que devolva ao brasileiro o caminho de progresso, a confiança no futuro.