Já se disse que estar conectado na redes sociais é menos custoso, em todos os sentidos, que estar “engajado” nas atividades concretas no mundo real, porém consideravelmente menos produtivo em seus efeitos, consequências na manutenção das conquistas individuais ou coletivas fundamentais.
Quem primeiro atinou para essa conclusão irrefutável foram exatamente os que mais se beneficiaram dessa nova modalidade dita pós-moderna: os donos do mundo.
Ou seja, o capital financeiro global e seus organismos internacionais hegemônicos, as suas ONGs que promovem incessantemente a agenda dominante do politicamente correto em uma sociedade de Mercado deificada, glorificada ao extremo.
Quando se diz “incessantemente” é útil atualizar o sentido da palavra. Isso quer dizer que não se passa um minuto, em termos planetários, sem a promoção de um conjunto de ideias hegemônicas incorporadas por vários estratos sociais, inclusive aqueles ditos “mais esclarecidos”.
As “forças sociais digitais”, aparentemente antagônicas entre si, utilizam-se dessas mesmas agendas, com modificações adaptáveis ? s suas visões de mundo, interesses ou privilégios adquiridos.
Apesar das opiniões nas redes sociais, quem continua dando as narrativas ideológicas e políticas continua sendo a grande mídia hegemônica global, também em versão digital, que promove as ideias do grande capital rentista.
Assim o poder de “enxame”, como abelhas, dos ativistas digitais é relativo. Quem dá as cartas é a luta real pelo poder. Isso explica, mais que outra coisa, a perda relativa de força das “correias sociais organizadas”. Mas não só delas.
O impedimento da ex-presidente Dilma e a entronização do nefasto Temer é revelador tanto para os que a defenderam quanto aos que propugnaram a sua queda. A “orfandade” geral sobressai nos 96% da rejeição ao “presidente”.
A criminalização da política “enojou” a muitos mas hoje, aqui, em qualquer lugar do planeta quem faz História, indica os rumos, são os confrontos entre os interesses nacionais, das grandes maiorias, com as elites globalistas vinculadas ao capital financeiro no Brasil e no mundo.
É vital a luta de ideias, o pulso da realidade, a definição dos aliados, ampliar, não se isolar, independência, lucidez. A vida não para, nem a política que converge para grandes choques em 2018.