A grave crise que vive o País aponta para um processo de refundação das estruturas nacionais, que indique a necessidade de uma nova Constituição, de novos rumos em uma desgovernança multilateral das estruturas do Estado brasileiro.
Porque a verdade é que os desencontros que o Brasil está vivendo não encontram respostas factíveis no atual quadro que presenciamos nem se trata de uma situação conjuntural. Pelo contrário, deita raízes em um impasse de evidentes fadigas de material bem mais profundas.
Nessas condições, gravíssimas, duas questões são fundamentais: a defesa da soberania e o profundo apego ? democracia. Porque sem a soberania, a nação não tem significado. E sem a democracia qualquer alteração de rumos é profundamente falsa.
Sem a via democrática os caminhos resvalam para um cenário de mil desertos, onde a aridez de soluções pontua, porque é consequência da ausência do debate democrático, sem a opinião pública, enfim, do povo brasileiro.
A nação se encontra agredida por uma Guerra Híbrida cuja finalidade tem sido a desconstrução do País. Nesse sentido, o objetivo tem sido o esmaecimento não só da democracia, mas da própria existência do Estado nacional.
A maioria das forças políticas não está se dando conta dos imensos perigos que vivemos, encontram-se desorientadas por plataformas meramente específicas, conduzidas por agendas eleitorais que abstraem a gravidade dos problemas em que estamos submergidos, dos movimentos geopolíticos que tornam o País alvo de ações desestabilizadoras seríssimas.
Não custa ser redundante afirmar que sem o desenvolvimento econômico não há solução para a sociedade. E sem nação não há a sociedade brasileira. É exatamente esse o objetivo que determinadas pautas políticas e eleitorais procuram desviar: a discussão do presente, sobre o nosso futuro.
O esgarçamento das instituições do Estado indica que a manutenção da nossa sobrevivência como País soberano está em risco e é fundamental a nossa reestruturação estratégica.
A 5a maior nação do planeta vive um processo crônico de desintegração desde 2013 em que se multiplicam discursos superficiais ao nosso destino, movidos por agendas induzidas ou pelo capital financeiro ou de tipo neofascista, quando a saída é o desenvolvimento econômico, a sobrevivência como nação democrática.