A última sexta-feira 13 foi um dia histórico para a humanidade, com acontecimentos que podem mudar a tragetória da história. Mas no sertão alagoano o dia foi marcado por grandes emoções.
Lindauro Costa, um homem sertanejo, dedicado ao seu povo, militante das causas sociais, histórico na reconstrução do Partido Comunista do Brasil, recebeu uma homenagem póstuma a seu centenário na cidade de Pão de Açúcar da qual foi vereador no ano de 1965, antes de ser preso pela ditadura militar.
A solenidade ocorreu pela manhã, na câmara de vereadores e encheu o auditório. Em seu nome, a família recebeu a Comenda Bráulio Cavalcanti e presenciou a inauguração de duas salas de aula da Escola Lindauro Costa.
Na ocasião também ocorreu o pré-lançamento de sua biografia como militante: “Lindauro Costa, a Resistência Comunista do Sertão”, escrito por Terezinha Almeida, prefaciado por Eduardo Bomfim e apresentado por Alba Correia, esses contemporâneos da garra do sertanejo.
Depois da solenidade, um desfile cívico mobilizou as ruas da cidade, emocionando a família, os amigos e os que cresceram ouvindo os feitos do homenageado.
Para Terezinha Almeida, “é uma honra pesquisar e escrever sobre um homem com a magnitude de Lindauro Costa, um comunista que enfrentou duplamente a força da opressão da ditadura militar e das oligarquias atrasadas e reacionárias do sertão de Alagoas”.
Lindauro Costa costumava dizer que ser comunista é querer o bem de todos e por isso enfrentou os oligarcas do sertão e lutou pela garantia dos direitos ? educação, saúde, energia elétrica, água e transporte, garantindo respeito da população até os dias de hoje. O Comunista é pai de outro importante militante histórico do PCdoB: Sinval Costa, Secretário de Organização do Partido em Alagoas e presidente da CTB no estado.
“O reconhecimento do poder público, quando da entrega de uma comenda, a inauguração de uma escola com seu nome, a realização de um desfile cívico em homenagem a um comunista, revelam toda a grandeza do homem e de sua opção ideológica”, afirmou Terezinha Almeida, concluindo que “Seu” Lindauro foi um verdadeiro agente de transformação no sertão alagoano.
Por Mariana Moura