“É uma vergonha vivermos no? país? onde? mais mata ? mão armada no mundo”, disse Maria José da Silva, que elaborou o? abaixo-assinado, hoje PL447/12 pelo fim da impunidade para policiais que executam inocentes.
Nos dias 09 e 10 deste mês de dezembro uma vez mais, o? CONJUVE voltou ao Congresso Nacional para pressionar? os deputados para que coloquem em votação e aprovem o PL447/12, queconta com o apoio? dos deputados? Paulo Teixeira,? Deputado Federal Vicentinho,? Paulão? e também da Secretaria Nacional da Juventude – SNJ.
Em uma de suas falas, Zezé Feminista, como é conhecida, disse que “esse PL não resolverá o problema do genocídio da juventude negra, mas ajudará a diminuir, pois, acabando o auto de resistência, um policial que mata pelo simples prazer de matar, pensará duas vezes antes de agir, porque ele saberá que a ação dele será investigada.? Acho que nas polícias têm pessoas íntegras, que cumprem com seu dever sem abusos de autoridade, porém, não vamos ser hipócritas e dizer que só tem gente boa nas polícias”.
A mãe de um filho assassinado aos 16 anos disse também que “as vítimas desta violência quase sempre são jovens, principalmente negros e da periferia, muitos deles inocentes,? pegos no fogo cruzado entre criminosos e policiais. Falar disso não é fácil, dói muito. Mas ao contrário de muitas mães que se isolam e sofrem quietas,? escolhi fazer algo a respeito”.
E conclui: “Precisamos apoiar esta iniciativa para mostrar que a? sociedade não está mais anestesiada com a violência,? e? que acreditamos que há chances de acabar com esta injustiça e impunidade”.
Por causa das diferenças e divergências entre a militar e a civil, não houve consenso em alguns pontos do projeto, e isto foi o maior motivo para o PL 4471/12 não ser levado ? votação no dia 10, Dia dos Direitos Humanos.
“Foi um balde de água fria em nós, mas isto não congelou nossa força e nossa vontade de continuar na batalha, pois, devemos lutar por tudo que venha a contribuir para erradicar a violência em nosso país”, disse Zezé que seguiu convocando ? luta: “Contra toda forma de violência e de abuso!”
Por Mariana Moura