Na noite da sexta-feira 25, o auditório do Sindicato dos Urbanitários congregou o espírito de unidade das forças populares e democráticas do estado de Alagoas. Sob as bandeiras da defesa da democracia, do mandato da presidenta Dilma Rousseff, da soberania nacional e por uma nova política econômica, 15 entidades entre Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos agregaram suas argumentações no sentido de unificar o tom do discurso e das pautas de luta para enfrentar a força golpista dos setores mais reacionários e antidemocráticos do país.
A Frente Brasil Popular é uma coalizão dos movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos a fim de consolidar uma frente política que tem ganhado corpo na rua e nas redes sociais com o objetivo de construir uma contraofensiva ? onda golpista disseminada pelos grandes meios de comunicação e setores mais reacionários da oposição ao governo federal.
Para o PCdoB, que em abril deste ano aprovou na sua 10ª Conferência Nacional a resolução que defende uma “Frente ampla em defesa do Brasil, da democracia e do desenvolvimento”, esse é um momento de fortalecer a unidade das forças patrióticas no sentido de defender a soberania do país e os direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora.
Nesse sentido, Claudia Petuba, presidente do PCdoB em Alagoas, disse que “o objetivo dessa frente é falar para o povo. Nós temos que nos aproximar do povo. Devemos discutir para além da militância e chegar onde o povo não está organizado”.
Para o Diretor da CTB em Alagoas, Nivaldo Mota, a urgência é “avançar e não retroceder”. Segundo ele, trata-se da “defesa de um projeto e não de uma personalidade” e apontou para a necessidade de “compreender que é o imperialismo que está por trás dessa onda de instabilidade pela qual passa a América Latina”.
Zé Roberto, líder do MST no estado, afirmou que esses “são momentos de muitas perguntas para uma conjuntura de muitas incertezas”, mas que “devemos fortalecer a unidade e garantir a continuidade dos avanços dos programas sociais”.
Representando a CUT, o diretor Luizinho afirmou que “destruir o governo Dilma é destruir os avanços e os movimentos sociais” e declarou que “essa deve ser uma frente antifascista e antigolpista” e que “não há contradição entre a defesa da democracia e dos direitos sociais”.
O objetivo da primeira plenária da FBP em Alagoas foi também o de articular o dia 3 de outubro, dia em que nacionalmente a Frente está convocando o povo brasileiro para grandes atos de rua em defesa da Petrobras, da democracia e dos direitos conquistados. Em Maceió o ato se realizará no Benedito Bentes a partir das 9h (mais informações em breve).
Por Mariana Moura